Quais aprendizados a pandemia proporcionou ao mercado da construção civil
Por – Djalma Fernandes de Lima Junior(*)
A Pandemia do Covid-19 de maneira geral trouxe hábitos e práticas que embora já fossem de uso e costume em países Asiáticos e de parte da Europa, passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia.
Dentre eles estão melhorias nas práticas de boa higiene, cuidados nas refeições, atenção aos ambientes de uso coletivo (transporte público, eventos, hospitais, etc.), além do respeito e cuidado as pessoas pertencentes a grupos de riscos (comorbidades, idosos e crianças).
Quando voltamos esse olhar para o mercado da Construção Civil percebemos de maneira clara o quanto estávamos confortáveis com a aplicação das boas práticas e por consequência das políticas e normas de segurança do trabalho.
Embora tenhamos a NR-03 que estabelece procedimentos para embargo e interdição em caso de grave e iminente risco (GIR) para vida e a saúde dos trabalhadores por vezes ela não era observado como uma ferramenta efetiva, mas desde a sua retificação no D.O.U de 23/01/2020 – seção 1 – pág. 57, ela deixa claro que todos os status epidemiológicos (surto, epidemia, endemia e pandemia) devem ser observados como doenças graves e com impactos substanciais desde a produtividade, prazos, econômicos e sociais, caso não sejam combatidos de maneira imediata e quando possível preventiva.
O uso das tabelas: 3.1 – Classificação das Consequências / 3.2 – Classificação das Probabilidades como definição de situação combinada com as tabelas: 3.3 – Tabela de Excesso de Risco para Exposição Individual e a 3.4 – Tabela de Excesso de Risco Coletiva, devem ser utilizadas em combinação com as demais NR’s aplicáveis, afim de garantir que os colaboradores do Mercado da Construção Civil estejam resguardados quanto a sua integridade física e metal, o que reverte em aumento da produtividade, melhoria nos prazos, redução dos custos e aumento da qualidade nos canteiros e com isso no final de todo esse processo o cliente final e o principal beneficiado.
De maneira geral e comum que o ser humano tende a acreditar que controla o seu próprio espaço no universo, mas diante de situações macro de qualquer natureza (climática, geológica, epidemiológica, geopolítica, etc.) deixam claro que tudo que vivemos e/ou produzimos e inconstante e que só quando organizados em sociedade temos força para enfrentar essas situações e suas consequências.
O mercado da Construção Civil por força da pandemia foi obrigado a evoluir em algumas práticas referentes ao SESMT e CIPA, observação referentes a movimentação e aglomeração de trabalhadores nos canteiros (corredores, elevadores, vestiários e refeitórios, etc.), reforço no uso de todos os EPI’s e efetivando às máscaras parte deste grupo em todas as situações de possível transmissão (gripes), aumento do apoio bem como os recursos as equipes de SST, observação e aumento da empatia aos trabalhadores do grupo de risco.
Ainda e muito cedo e recente para realizar medições ou mesmo fazer previsões sobre o andamento do setor no Brasil, mas as empresas que tiveram essas práticas reportam situações positivas e o setor e um dos que mais cresceu durante a crise apontando que se os projetos pendentes e os novos já considerem essas práticas, visto que a economia como um todo ganha e faz a sociedade evoluir como nação.
(*) Eng. de Controle e Automação – Djalma Fernandes de Lima Junior – Associado da AEAO
Lembrete: Para serviços técnicos, contrate sempre um profissional habilitado e exija a emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.